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sábado, 16 de maio de 2009

WILSON SIMONAL


O ano de 2009 está sendo -muito apropriadamente, por sinal- chamado de 'O Ano Simonal'. Senão, vejamos: duas biografias, uma delas serviu de tese de doutorado -'Simonal: Quem Não Tem Swing Morre Com A Boca Cheia De Formiga'; a edição de um box compreendendo todos os discos de sua fase -e melhor, também- na Odeon (atual EMI) e um premiado documentário, 'Ninguém Sabe O Duro Que Dei', estreando hoje aqui na Cidade Maravilhosa. Aí, vocês me perguntam: 'Por que todo esse oba-oba para um cara de quem nunca ouvi falar?'. Para começar, se alguém jamais (acho difícil) ouviu falar do Simona, foi porque em meados da década de 70 ele foi vítima do maior assassinato artístico da história deste país. E tudo devido a uma trama sórdida perpetrada por seu contador -que lhe havia aplicado um desfalque e, segundo a vítima e veementemente negado até a morte por Simonal, levou uma surra encomendada pelo cantor a dois policiais- e um diretor da Globo, João Carlos Magaldi, que, em represália e muito convenientemente pois o cantor era contratado de uma concorrente e seu programa sempre batia de goleada a audiência da Poderosa, espalharam o boato de que ele seria informante do DOPS, a polícia política daqueles anos de chumbo e de tristes lembranças. Aliada à campanha imposta pel'O Pasquim, na figura de Jaguar, um antigo desafeto, que passou a referir-se a ele sempre pela alcunha de dedo duro, de uma hora para outra todas as portas se fecharam para aquele que foi o maior cantor e entertainer que este país já teve. De ídolo -enquanto esteve ativo foi muito mais popular e vendeu muito mais discos que Roberto Carlos- a alcoólatra foi um pulo. Ainda chegou a gravar umas poucas coisas na década de 80 mas não conseguia se apresentar, até porque não havia músicos para acompanhá-lo já que uma 'lei silenciosa' determinava que o profissional que o fizesse também seria banido, e foi alijado de todas as TVs do país.

MUG
(Este bonequinho era o mascote do Simonal em seu programa)


Este fantástico cantor dono de timbre e divisão únicos, além de músico, arranjador, compositor diletante mas inspirado e de uma alegria contagiante, está entre meus ídolos maiores na MPB. E o pior é que n-i-n-g-u-é-m dignou-se a defendê-lo e, com o acesso à mídia precária da época bloqueado, nem mesmo ele pode fazê-lo.
Parece-me que, finalmente, chegou a hora de fazer justiça não só ao artista completo e genial -além de incrivelmente atual- que foi Wilson Simonal, como também ao cidadão Wilson Simonal de Castro, 'assassinado' -sim, porque morreu em profunda depressão e de uma pancreatite decorrente do alcoolismo- em completo ostracismo em 25 de Junho de 2000, com apenas 61 anos, por uma esquerda que não aceitava que pudesse haver, naqueles tempos difíceis, alguém que se dedicasse apenas a espalhar alegria e talento por onde passasse. Falam um episódio que demonstra muito bem o que era ser 'Simonal'*: a diva Sarah Vaughn, em turnê pelo país, foi convidada a comparecer ao programa que o cantor mantinha na TV Record e Simonal puxou uma óbvia 'Oh, Happy Day' e lá foi Sarah timidamente soltando uns scats aqui e uns vocalises ali. Ao final da apresentação, o lado entertainer daquele negão boa pinta, de largo sorriso e muito charmoso aflora e ele começa a fazer umas perguntas sacanas àquela verdadeira divindade do jazz como se a conhecesse desde a infância. O clima de descontração foi tão grande que Miss Sarah, habitualmente arredia, rendeu-se totalmente aos encantos de Simonal e os dois ainda brindaram a audiência com uma interpretação magistral de 'The Shadow Of Your Smile'.
Diante das provas irrefutáveis de sua inocência, será que não seria justo este governo, que se diz de esquerda, fazer um mea culpa e oferecer à sua família o direito à mesma indenização, reconhecimento e reparação histórica a que os perseguidos pelo regime militar fizeram juz? Vale lembrar que muitos destes nem mesmo seriam merecedores de quaisquer destas deferências; no entanto, além de receber vultosas quantias vitaliciamente, uma boa parcela ainda ajuda a (des)governar e saquear este país.

*Avisado por um amigo, encontrei aqui esta apresentação e estou até agora embargado. Já a assisti 3 vezes!


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A princípio, pensei em homenagear o rei do samba soul, do swing, da 'pilantragem' e outras bossas disponibilizando toda sua discografia da fase Odeon, pescada com muita perseverança ao longo de 3 anos de blogs diversos em rips -a grande maioria excelentes, por sinal- de vinis; no entanto, devido ao pouco tempo para subir tantos links e à excelente notícia do lançamento deste luxuoso box -que farei o impossível para adquirir original e assim fazer uma homenagem à altura lá no G&B-,limitei-me a esta compilação dupla por ser um belo aperitivo da obra do grande Simona. São 33 faixas de puro swing e malícia, entre elas 'Sá Marina', 'País Tropical'(gravou-a antes do próprio Jorge Ben e sua interpretação é infinitamente superior à do Babulina), 'Mamãe Passou Açúcar Em Mim', 'Tributo A Martin Luther King', 'A Praça', 'Meu Limão, Meu Limoeiro'(depois sucesso na voz do ratinho Topo Gigio, alguém lembra?), 'Mustang Cor de Sangue', 'Balanço Zona Sul', 'Nem Vem Que Não Tem', 'Aqui É O País Do Futebol', 'Escravos De Jó', 'Nanã', 'Lobo Bobo', 'Vesti Azul', 'Correnteza', 'Agora É Cinza', 'Está Chegando A Hora', entre muitas outras.
Então, como ele, com toda sua marrenta simpatia, diria, vamo s'imbora!



CD 1




CD 2




E se alguém ainda não se convenceu da relevância artística e atualidade musical do 'crioulo', bem como do crime artístico cometido contra ele, aqui está o trailer de
'Ninguém Sabe O Duro Que Dei'.

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domingo, 3 de maio de 2009

THE BYRDS

O início
A banda foi formada em 1964 por Jim McGuinn (batizado como James McGuinn III, nascido em 13 de Julho de 1942 em Chicago, Illinois) (ele mudou o nome para Roger McGuinn in 1967), Gene Clark (batizado como Harold Eugene Clark, nascido em 17 de novembro de 1944 em Tipton, Missouri; morto em 24 de maio de 1991) e David Crosby (batizado como David Van Cortland Crosby, nascido em 14 de agosto de 1941 em Los Angeles). O baixista Chris Hillman (nascido em 4 de dezembro de 1944 em Los Angeles) e o baterista Michael Clarke (batizado como Michael Dick, nascido em 3 de junho de 1946, em New York; morto em 19 de dezembro de 1993) juntaram-se a banda depois.
Quando ainda eram um trio gravaram a música "The Only Girl I Adore" se autodenominando como The Jet Set. Após tornarem-se um quinteto eles passaram a ensaiar e gravar na World Pacific Studios em Los Angeles e lançaram um compacto com as músicas "Please Let Me Love You" e "Don't Be Long" sob o nome de The Beefeaters.
Folk Rock

Em 1964 assinaram um contrato com a Columbia Records e mudaram o nome para The Byrds. Em 20 de janeiro de 1965, eles gravaram a música "Mr. Tambourine Man", de autoria de Bob Dylan. A música ganhou um tratamento elétrico que ficou conehcido como folk rock. Atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso americana e britânica.
Seu primeiro álbum que ganhou o nome de Mr. Tamborine Man atingiu as paradas de sucesso e contou com versões para outras composições de Bob Dylan (" "Spanish Harlem Incident", "All I Really Want to Do" e "Chimes of Freedom"), versão para a composição de Pete Seeger ("The Bells of Rhymney") além de composições próprias.
Após o álbum ainda em 1965, The Byrds gravaram uma adaptação que Pete Seeger fez para uma melodia tradicional cuja letra foi diretamente tirada da bíblia. A música "Turn! Turn! Turn!" tornou-se o segundo sucesso da banda e também atingiu o primeiro lugar e fez parte do segundo álbum lançado pela banda.
Rock Psicodélico

Cansados do folk rock começaram a experimentar novos sons. No final de 1965 gravaram "Eight Miles High", uma das primeiras músicas psicodélicas. A música foi lançada primeiramente em compacto em 1966 e depois junto ao álbum Fifth Dimension (em julho de 1966). Porém Gene Clark abandonou a banda antes do lançamento, em março.
Irritados com o sucesso produzido da banda americana The Monkees, The Byrds gravou a música "So You Want To Be A Rock'N'Roll Star", uma crítica ao negócio da música. A música fez parte do quarto álbum da banda Younger Than Yesterday.
Mudanças

Em 1967, começaram a surgir tensões na banda, McGuinn and Hillman começaram a ficar irritados com Crosby. Neste mesmo ano tocaram no Festival de Monterey, Crosby cantou a maioria das músicas e fez discursos entre as músicas sobre o assassinato de John Kennedy e sobre os benefícios do uso de LSD. Com as tensões aumentado a banda despediu Crosby que juntou-se a Stephen Stills e Graham Nash formando a banda Crosby, Stills & Nash. Gene Clark juntou-se a banda por três semanas mas após sua saída The Byrds chamou o baterista de estúdio Jim Gordon e o guitarrista Clarence White para finalizar o próximo álbum. Clarence White tornou-se membro da banda oficialmente. O álbum The Notorious Byrd Brothers foi lançado em 1968 que mixava o folk rock, rock psicodélico, jazz além da música country. Alguns críticos de música consideram este o melhor álbum do The Byrds.
Após o álbum, o The Byrds ficou reduzido a dois integrantes (McGuinn and Hillman) eles acabram chamando Kevin Kelley para assumir a bateria e Gram Parsons para os teclados (que posteriormente passou a ser guitarrista da banda).
Música Country

Com a nova formação a banda mudou de rumo novamente. Em janeiro de 1968 eles tocaram em Nashville e logo começaram a gravar um álbum ao estilo country, Sweetheart of the Rodeo. O álbum não atingiu muito sucesso e antes do lançamento Parsons abandonou a banda. Kelley largou a banda logo depois de Parsons. Para substitui-los foram contratados o baterista Gene Parsons e o guitarrista Clarence White. Dois shows após as novas contrataçoes Hillman abandonou a banda e em seu lugar entrou o baixista John York. Roger McGuinn era agora o único integrante presente desde o início da banda.
Após o álbum The Dr. Byrds & Mr. Hyde eles lançaram o álbum Ballad Of Easy Rider ambos de 1969. Em 1970 lançaram o álbum Untitled e no ano seguinte o Byrdmaniax que trouxe uma decepção pois o produtor Terry Melcher fez algumas alterações no álbum que desagradaram a banda.
ReuniãoEm 1972, os cinco integrantes originais se reuniram e gravaram um álbum mas sem o nome da banda. O nome adotado foi "Gene Clark, Chris Hillman, David Crosby, Roger McGuinn, Michael Clarke" mas o álbum se chamou Byrds. Menos de um mês depois do álbum ser lançado eles realizaram o último show.
Mortes

Em 1973, Clarence White morreu atropelado e Gram Parsons de overdose de morfina misturada a alcool. Gene Clark e Michael Clarke morreram em 1991.


1965 The Byrds - Mr. Tambourine man
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1965 The Byrds - Turn! Turn! Turn!
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1966 The Byrds - Fifth Dimension
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1966 The Byrds - Younger than yesterday
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1967 The Byrds - Notorious Byrd Brothers
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1968 The Byrds - Sweetheart Of The Rodeo

1968 The Byrds - Dr. Byrds and Mr. Hyde re-mastered


1969 The Byrds - Live at Fillmore, February 1969
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1969 The Byrds - Ballad of Easy Rider

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1970 The Byrds - Untitled



1971 The Byrds - Byrdmaniax
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1972 The Byrds - Farther Along

The Byrds - (unissued).

LENINE

1983 - Baque Solto
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1993 - Olho de Peixe


1997 - O Dia em que Faremos Contato
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1999 - Na Pressão
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2002 - Falange Canibal
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2004 - Lenine In Cité


2006 - MTV Acústico
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2007 - Marcelo D2 e Lenine - Estúdio Coca-Cola

sábado, 2 de maio de 2009

SLY & THE FAMILY STONE

Sly & the Family Stone foi uma importante e influente banda norte-americana de rock formada em São Francisco, Califórnia. Ativo de 1967 a 1975, o grupo teve um papel primordial no desenvolvimento da músical soul, do funk e do psicodelismo. Liderada pelo cantor, compositor, produtor musical e multi-instrumentalista Sylvester "Sly Stone" Stewart e formado por vários membros de sua família e amigos, o grupo foi também importante por ter sido a primeira banda norte-americana a ter uma formação multicultural, dando a negros, brancos, homens e mulheres papéis importantes na sua instrumentação.

1967 - A Whole New Thing

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1968 - dance to the music

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1968 - Life

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1969 - stand

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1971 - There's a Riot Going On

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1973 - Fresh

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1974 - Small Talk

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