Pink Floyd I
Salve Galera Psicodélica,
O Pink Floyd evoluiu de uma banda de rock formada em 1964 que teve vários nomes - Sigma 6, The Meggadeaths, Tea Set e The Abdabs, The Screaming Abdabs, The Architectural Abdabs. Quando a banda se separou, alguns membros - os guitarristas Rado "Bob" Klose e Roger Waters, o baterista Nick Mason e o instrumentista de sopro, Rick Wright - formaram uma nova banda, chamada "Tea Set". Depois de um pequeno período com o vocalista Chris Dennis, o guitarrista e vocalista Syd Barrett se juntou a banda, com Waters mudando para o baixo.
Quando descobriram que já havia outra banda com o mesmo nome, Syd sugeriu um novo nome: The Pink Floyd Sound, em homenagem aos músicos Pink Anderson e Floyd Council. Klose abandonou a banda após gravarem apenas uma demo, deixando a banda com a formação original como conhecemos: Syd nas guitarras e vocais, Waters no baixo e vocal de apoio, Mason na bateria e percursão e Wright nos teclados e vocais de apoio).
Vale citar aqui o que rolava na época: Os Beatles não eram mais os "bons mocinhos", e sim um bando de cabeludos, que abriram suas mentes criativas e criavam discos mágicos. O Flower Power reinava entre os jovens. Bandas de rock surgiam aos montes, festivais rolavam em todos os lugares.
Mesmo com tanta efervescência cultural/musical a genialidade de Syd Barrett, que unia às suas músicas projeções e truques simples de luz simulando "viagens" de ácido, chamou a atenção, e o Pink Floyd foi contratado por uma pequena gravadora chamada Thompson Records. Por esta gravadora lança um single, contendo as músicas "I'm a King Bee" e "Lucy Leaves". A gravadora EMI contratou a banda após esse lançamento, reconhecendo o erro que cometeram ao não terem contratando antes por considerar o Pink Floyd "muito experimental".
Logo após trocar de gravadora, a banda entrou em estúdio, mais precisamente no Abbey Road, para gravação do seu primeiro disco. Era 1967, e na mesma época os Beatles estavam no estúdio gravando "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band". Difícil acreditar que não tenham trocado experiências. Com letras surreais e efeitos eletrônicos diversos, The Piper at the Gates of Dawn é por muitos críticos considerado o melhor "primeiro álbum" da história do rock.
O excelente trabalho em estúdio, e as apresentações inebriantes da banda trouxeram os holofotes para a banda, que havia inaugurado o "Rock Psicodélico".
O sucesso do disco de estréia é atribuido principalmente à mente genial de Syd Barret, responsável pelos arranjos de estrutura indefinida, cheio de nuances e completamente imprevisíveis. A linha que limitava a genialidade e a loucura de Syd Barrett porém se tornava mais tênue a cada momento. Problemas mentais provenientes de uma infância conturbada se agravaram em virtude do uso excessivo de alucinógenos e Syd Barrett começou a apresentar um comportamento algumas vezes esquizofrênico e algumas vezes alienado. A situação se agravou até o ponto em que Syd Barret não conseguia mais tocar ou compor e se limitava no palco a tocar um único acorde e olhar para um ponto perdido no espaço. Foi convidado para preencher o espaço na banda o vocalista e guitarrista David Gilmour, antigo companheiro de escola de Roger Waters e Syd Barret.
No lançamento do segundo disco "A Saucerful of Secrets" em 1968, Syd Barrett recebeu os créditos, porém ele já não participava da banda. Apenas uma composição sua (Jugband Blues) entrou no disco. Era a última faixa do lado B, encerrando o disco e a sua participação na banda. A falta de condições mentais de Syd que, por uso excessivo de LSD, não conseguia mais tocar nem cantar normalmente, acabou tirando-o da banda.
Entre 1969 e 1972, o Pink Floyd demonstrou que não dependia de Syd. Duas trilhas sonoras ("More" e "Obscured by clouds") e três discos depois ("Ummagumma", "Atom Heart Mother" e "Meddle") são obras primas. Preciosismo técnico, efeitos cada vez mais elaborados, sem esquecer de melodias e letras muito bem trabalhadas aumentaram o seu prestígio.
Ao final de 1972, a banda grama um filme-documentário chamado "Live at Pompeii". O filme mostra a banda tocando nas ruinas de Pompéia, mesclando imagens da banda em estúdio, preparando seu maior álbum. Mas isso é história para outro dia...
Fontes:
http://www.bn.com.br/edson/progressivo/floyd/historia.html
http://whiplash.net
DownloadUmmagumma (1969)
DownloadAtom Heart Mother (1970)
DownloadMeddle (1971)
DownloadObscured by Clouds (1972)
DownloadEm 1972 o Pink Floyd lança o filme "Live at Pompeii". Dirigido por Adrian Maben, este filme apresenta a banda tocando ao vivo nas ruinas de Pompéia, sem público. As únicas pessoas que assistiram a este show eram as que trabalhavam para gravá-lo: operadores de som, iluminação, câmeras e o Diretor. Misturando cenas do show com transições e transposições de imagens, o filme é viajante. "Set the Controls for the Heart of the Sun" alterna imagens da banda com pinturas, esculturas. Tudo regado ao excelente trabalho da banda, um solo de bateria que faz você balançar a cabeça em compasso. O Pink Floyd transbordava criatividade. Neste mesmo filme o diretor apresentou a gestação do maior álbum do Pink Floyd: Drak Side of the Moon. Waters trabalhando em um sintetizador, criando o que viria a se tornar "On the run". E Rick Wright dando um depoimento de que não são escravos dos equipamentos. Do modo como criam melodias, realmente acredito nisso: Os equipamentos é que são escravos da banda... O resultado final tornou-se o maior sucesso, tornando-se um divisor de águas na história da banda. Há o período Barrett, onde a banda é definida como Psicodélica, e o período pós-Dark Side, onde a banda assume a dianteira do Rock Progressivo. O ano era 1973. O próximo disco foi lançado em 1975. "Wish you were here" foi mais um álbum conceitual, criado para ser um tributo a Syd Barrett. Porém, quando o gênio louco Syd compareceu ao estúdio, a banda custou a reconhecer o antigo amigo. Barrett estava com um péssimo aspecto, careca e gordo. "Shine on You Crazy Diamond" é uma composição de nove partes, em homenagem ao ex-membro da banda. Ela foi tocada pela primeira vez na sua turnê pela França em 1974. A intenção era de uma musica para um lado completo do vinil como "Atom Heart Mother" e "Echoes", mas a musica cresceu tanto que dois lados do disco tiveram de ser usados. Ela foi separada em duas partes e usada para abrir e finalizar o álbum. Completa o álbum "Have a cigar", "Wish you were here" e "welcome to the machine". Wish You Were Here atingiu o nº 1 nas tabelas da Billboard vendendo até à data mais de seis milhões de cópias só nos Estados Unidos. Animals, de 1977, inaugura a fase de protesto político-social da banda e também marca o início de um predomínio de Roger Waters sobre os outros músicos. O disco é baseado na peça teatral "A Revolução dos Bichos" de George Orwell e retrata as contradições e injustiças da sociedade capitalista. Mais dois anos, e chegamos ao disco The Wall. Na verdade, é mais que um disco: é a auto-exorcização que Roger Waters faz. O disco foi todo criado por Waters, tendo a participação dos outros membros da banda sido drasticamente reduzida. O Ego de Waters levou às primeiras brigas, e Richard Wright foi demitido da banda. Porém continuou tocando nos concertos ao vivo como músico pago. Três anos depois, em 1982, o disco virou filme nas mãos de Alan Parker, com Bob Geldof no papel principal. O filme conta a história de um rapaz chamado "Pink" que perdeu o pai na 2ª Guerra Mundial quando era criança, tendo, por consequência, desenvolvido uma relação muito estreita com a sua mãe. Abusado na escola, com poucos amigos, cresceu e tornou-se numa estrela de rock, casou com uma atraente acompanhante do grupo. No entanto a sua vida é completamente vazia e após a sua mulher o ter traído, ele tenta o suicídio. Depois disso, durante uma alucinação causada pelas drogas, imagina-se um líder de um grupo Neo-Nazi e manda as minorias em sua audiência "contra o muro", durante seus shows. A própria banda utilizou esta idéia, criando um muro entre eles e o público durante as apresentações ao vivo, sempre mantendo a sua origem performática. The Final Cut, disco de 1983, pode e deve ser considerado um disco solo de Waters. A participação de Gilmour e Mason não é maior do que qualquer músico de estúdio. Porém isso não tira o mérito do disco, que tem momentos excelentes. O único momento em que se destaca algum outro membro da banda é na música "Not now John", que tem a participação de David Gilmour nos vocais. Com excelentes baladas e tom melancólico, este disco encerra a fase de Waters na banda. Em 1986 Waters decreta o fim da banda, mas uma batalha judicial entre ele e Gilmour termina com um final feliz para o segundo. A justiça decidiu que o nome da banda não pertencia a Roger Waters. Rick Wright foi trazido de volta e em 1987 foi lançado A Momentary Lapse Of Reason. Segue-se o segundo disco ao vivo da banda, Delicate Sound Of Thunder (lembrando que um dos discos Ummagumma era ao vivo) Em 1994, num clima de volta triunfal, após alguns anos sem gravar e sem se apresentar ao vivo, a banda volta com The Divison Bell, disco que teve excelente aceitação por parte da crítica e do público. Pouco mais tarde, em 1995 é lançado Pulse, uma outra gravação ao vivo.
Live At Pompeii
Dark Side of the Moon
Wish you were here
Animals
The Wall
The Final Cut
A momentary Lapse of Reason
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