Você conseguiria imaginar uma banda Nova-iorquina começando a gravar em 1972, não se enquadrando em nenhum rótulo descrito por críticos, criando composições unindo estilos como Jazz, Bebop, Rock, Soul, Funk, Pop Music e Folk, com uma sofisticação de um Duke Ellington, tendo vendido mais de 30 milhões de discos ao longo da carreira com apenas 9 trabalhos de estúdio, um disco ao vivo e algumas coletâneas? Conseguiria imaginar integrantes com um comportamento obsessivo para obter o som perfeito captado dentro de um estúdio, levando-os a trabalhar com 41 músicos ao longo da carreira e com 11 engenheiros de som? Esses são apenas alguns dos muitos números impressionantes dessa fantástica banda de Nova York, fundada pelos geniais compositores Donald Fagen (1948) e Walter Becker (1950) que se basearam no livro “Beat Nuked Lunch” de Willian Burroughs para escolher o nome do grupo, sendo este, Steely Dan.
O encontro do núcleo deste grupo se deu em 1967 nos tempos do ginásio no colégio “Bard College” em Nova York. Ficavam trancafiados em seus apartamentos virando noites lendo livros da geração Beat como Kerouac, Corso, Ginsberg,etc, ao som de Standarts do Jazz como John Coltrane, Duke Ellington e Charlie Paker. Intitulando-se com vários nomes – The Bad Rock Group e The Leather Canary, começaram a tocar em locais no bairro de Annandale-On-Hudson com um repertório um pouco diferente do que costumavam ouvir incluindo músicas dos Rolling Stones, Mob Grape, Willie Dixon além de próprias. Em 1969 se formaram no colégio e se mudaram para o Brooklin tentando algo mais profissional já com algumas demo tapes em mãos e gravaram músicas para a trilha de um filme na Broadway. Em 1971 tiveram um modesto sucesso com essas demo tapes (que saíram em bootlegs na época e em coletâneas recentes) e tiveram uma de suas músicas regravadas por Barbara Streisand. Mas a mina de ouro e o verdadeiro sucesso estariam por vir ao conhecerem e em seguida quando começaram a trabalhar no mesmo ano com o produtor Gary Katz e com o engenheiro de som Roger Nichols (que recebeu 6 Grammy Awards pelo seu trabalho com a banda) se mudando para Los Angeles e assinando com a ABC Records comprada em 1979 pela MCA.
Gravam em outubro de 1972 o disco de estréia “Can`t By a Thrill” trazendo Donald Fagen no piano e em todas as suas derivações elétricas ,Walter Becker como baixista, Denny Dias e Jeff “Skunk” Baxter cuidando das guitarras elétricas e acústicas, David Palmer nos vocais, Jim Hodder na bateria e mais um seleto time de velhos conhecidos do Jazz cuidando dos metais; além de Elliot Handall participando em alguns solos de guitarra e com as cantoras da soul music Cilyd King (com serviços prestados ao Humble Pie entre outras valiosas aparições), Venetta Fields e Shiley Mathews.A Décima sétima posição da bilboard 200 Americana e disco de platina de cara nos USA foram alguns dos méritos e premiações do disco.
O encontro do núcleo deste grupo se deu em 1967 nos tempos do ginásio no colégio “Bard College” em Nova York. Ficavam trancafiados em seus apartamentos virando noites lendo livros da geração Beat como Kerouac, Corso, Ginsberg,etc, ao som de Standarts do Jazz como John Coltrane, Duke Ellington e Charlie Paker. Intitulando-se com vários nomes – The Bad Rock Group e The Leather Canary, começaram a tocar em locais no bairro de Annandale-On-Hudson com um repertório um pouco diferente do que costumavam ouvir incluindo músicas dos Rolling Stones, Mob Grape, Willie Dixon além de próprias. Em 1969 se formaram no colégio e se mudaram para o Brooklin tentando algo mais profissional já com algumas demo tapes em mãos e gravaram músicas para a trilha de um filme na Broadway. Em 1971 tiveram um modesto sucesso com essas demo tapes (que saíram em bootlegs na época e em coletâneas recentes) e tiveram uma de suas músicas regravadas por Barbara Streisand. Mas a mina de ouro e o verdadeiro sucesso estariam por vir ao conhecerem e em seguida quando começaram a trabalhar no mesmo ano com o produtor Gary Katz e com o engenheiro de som Roger Nichols (que recebeu 6 Grammy Awards pelo seu trabalho com a banda) se mudando para Los Angeles e assinando com a ABC Records comprada em 1979 pela MCA.
Gravam em outubro de 1972 o disco de estréia “Can`t By a Thrill” trazendo Donald Fagen no piano e em todas as suas derivações elétricas ,Walter Becker como baixista, Denny Dias e Jeff “Skunk” Baxter cuidando das guitarras elétricas e acústicas, David Palmer nos vocais, Jim Hodder na bateria e mais um seleto time de velhos conhecidos do Jazz cuidando dos metais; além de Elliot Handall participando em alguns solos de guitarra e com as cantoras da soul music Cilyd King (com serviços prestados ao Humble Pie entre outras valiosas aparições), Venetta Fields e Shiley Mathews.A Décima sétima posição da bilboard 200 Americana e disco de platina de cara nos USA foram alguns dos méritos e premiações do disco.
O mesmo abre com “Do It Again”e aqui vale apena relembrar as palavras do espirituoso escritor do Whiplash - Cláudio Vigo quando este disse: “Experimente colocar “Do It Again” numa festa ou em qualquer ocasião que seja e veja se alguém consegue ficar parado! Sem dúvida a bolacha como um todo tem um tipo de música com um nível de sofisticação de mestres do Jazz mas genialmente temperada pela pop music com uma produção requintada fora do comum e com prazerosas melodias muito bem compostas. Tempos atrás fui conhecer um engenheiro de som que dizia que muitos destes mesmos profissionais gostam de equalizar seus equipamentos com discos deles. Experimente ouvir para tirar a prova, alguns dos vários clássicos como a já citada faixa de abertura, Fire In The Hole, Kings e Midnight Cruiser, que tem uma linda melodia vocal cantada pelo baterista. Logo após a gravação e com a excelente repercussão cairam em turnê.
Em 1973 com um clima já tenso pelo comportamento obsessivo com a perfeição das sessões de gravação, cai fora o grande vocalista David Palmer que deixou sua enorme contribuição para a banda no álbum de estréia e em algumas faixas de “Countdown To Ecstasy” - o segundo. Naquele ano de 73 a banda ganhou disco de ouro nos EUA e conquistou a trigésima quinta posição da bilboard 200 americana. Este é o meu álbum preferido deles! Ele segue a mesma fórmula do anterior quanto à sofisticação nos arranjos e nas composições, mas é um trabalho que se desprende um pouco mais da música pop comparado ao primeiro e há uma maior investida no Jazz e no Rock And Roll com um pouco mais de peso de bateria e baixo. Ele já coloca o ouvinte “alto” com uma pegada pesada R & B e um solo magistral de guitarra com timbres alá Steve Howe logo na abertura. Nóta-se uma música que poderia ser considerada à única investida no progressivo - The Boston Rag; excelente faixa em que Jeff Baxter faz um solo de guitarra que soa como o rosnar de um animal feroz, pela carregada distorção e mais alguns efeitos. Loucura! É um trabalho com jóias do início ao fim, como King Of The World, Your Gold Teeth (Jazz de primeira), Pear Of The Quarter e Razor Boy (composições mostrando todo o feeling deles)! O detalhe é que como de costume na época foi composto na estrada enquanto excursionavam! O time de músicos de apoio deu uma mudada como de costume, até mesmo entre as backin vocals e apareceu uma figura já conhecida na guitarra – Rick Derringer, parceiro de Johnny Winter , que toca pedal Steel guitar em “Show Bizz Kids”.
Em 1974 gravaram o que para muitos fãs é considerado o auge da experimentação e da inspiração da banda – o álbum “Pretzel Logic”. Fazendo um pequeno parêntese, eu acabei de enfatizar o segundo disco deles e realmente é missão difícil falar qual é o melhor e indicar alguns poucos álbuns deles para uma audição atenta. Esse trabalho rendeu platina nos EUA, prata no Reino Unido e a oitava posição na bilboard, aumentando o sucesso. A música de abertura “Rikki Don`t Loose That Number” talvez foi o sucesso deles mais tocado no mundo inteiro brigando com “Do It Again” gravada dois anos antes. Esse disco é uma salada de estilos musicais que trazia uma jóia de Dukke Ellington - única aparição de um cover de um standart do Jazz na obra deles – East St Louis Toodle Oo, com um talking box maravilhoso. Canções folk se misturam com Jazz e Blues, tudo banhado a ouro por melodias sublimes pop na dose perfeita inatingível por outros artistas; a sofisticação dos arranjos aumenta!
Neste ano os caras decidem fazer como os Beatles e abandonam as turnês para poderem se concentrar na produção dentro de estúdio. Com esse novo clima em transformação caiu fora o genial guitarrista maluco beleza – Jeff “Skunk”Baxter, mas a banda ganhou outro bom de cela – o guitarrista de Jazz e músico de estúdio Larry Calton.
Com um time sempre se renovando dos músicos de contrato da banda (que neste disco é até maior) somados ao Larry Calton e com o já desde o início Elliot Handall gravam a bolacha Katy Lied (75), e dão uma diminuída no pique na questão inspiração comparado ao Pretzel Logic – o anterior; mudam um pouco o timbre das guitarras, com menos drive agora, mas continuam na mesma crista da onda de sucesso com premiação de platina nos EUA, e rende a eles a décima terceira posição na bilboard americana. Entre os destaques estão a Jazz “Your Gold Teeth 2” (mesmo título para uma música do segundo disco deles), a ensolarada “Rosie Darling”, “Black Friday” entre outros.
Passando para o ano de 1976 passam a assinar como duo – Walter Becker e Donald Fagen e gravam o que para outros é o melhor disco da banda – o Royall Scan. Neste álbum eles experimentaram ainda mais no estúdio, e continuaram aumentando a sofisticação nos arranjos começando a beirar a paranóia. A bolacha traz uma capa de uma emoção pesada e muito bem ilustrada, com um “recheio” altamente compatível . Foi platina nos EUA, ouro no Canadá, e rendeu a décima quinta posição na bilboard americana. Neste trabalho começaram compor algumas músicas ainda mais pop, direcionadas para a FM, mas mesmo assim o disco tem um ótimo acabamento instrumental e de arranjos e traz uma enorme pérola – A funkona “Green Earings”, que tem um dos melhores trabalhos de guitarra da banda , que aliás é a marca do ábum. Experimente ouvir essa faixa, Royall Scan e Kid Charlermagne e veja porque tanto se fala dos arranjos do Steely Dan e tire por prova minhas palavras!
Na próxima gravação eles entraram na maior paranóia pela busca incessante da gravação perfeita dentro do estúdio e gravaram Aja em 77, que é o álbum que mais vendeu do Steely Dan e seus números são absurdos! Foi duas vezes multiplatina nos EUA, duas vezes platina no Canadá e prata no UK – sempre o estouro no UK foi menor, pelo fato de serem americanos, claro. O Cláudio Vigo nos conta que eles deixaram um crítico entrar nas seções da gravação dele e o trataram como um cão leproso em fim de carreira! Proibiram palavras dentro do estúdio e outras maluquices bizarras.
Em 1978 e em 1979 a sorte passa não caminhar de mão dada com a banda e uma sucessão de fatos começam os desagradar e abalá-los. Primeiro a gravadora ABC é vendida para a MCA o que ocasiona alguns problemas contratuais com esta e um atraso na gravação do disco seguinte – Gaucho de 1980. Outro fato que chocou a banda e abalou especificamente Walter Becker foi a notícia da morte de sua namorada no apartamento do próprio músico. Becker chegou a ser indiciado mas não teve culpa e foi absolvido depois. O mesmo teve problemas com álcool e drogas nesta época e sofreu um atropelamento de carro quebrando uma das pernas, tendo que usar muletas por um período. No meio desse clima pesado um engenheiro de som apaga um trecho de uma música acidentalmente que estava acabada, com um resultado excelente segundo a dupla e na tentativa de reconstruí-la não sentiram que conseguiram, e acabaram desistindo de trabalhar na mesma.
Ficaram mais de um ano envolvidos na gravação do disco e o lançam em 1980. É um álbum ainda requintado mas tende a disco music, ganhando platina nos EUA. Em 1981 romperam a parceria e a banda acabou. Eu fico pensando qual o caminho o steely Dan poderia ter trilhado em 1980. Para uma banda que nunca pertenceu a um rótulo, paralelamente a qual mainstream eles se dariam melhor? A disco music? New Wave? E um lance de loucura gravar um disco Heavy Metal? Aí seria impossível. Mas imagino que eles deveriam estar descontentes com o cenário do final dos setenta e início dos oitenta e optaram por seguir paralelamente, pelo menos, à disco, tendo um último suspiro de sucesso antes de terem parado de gravar nesta década.
Eis que passados dois anos do fim da banda, em 1982 Donald Fagen reapacereu com um extraordinário disco solo – “The Nightfly”, produzido pelo mesmo imortal produtor Gary Katz e de novo o músico esteve no topo do sucesso com um resultado semelhante ao do Steely Dan. Ele gravaria mais dois álbuns solo ao longo da carreira – um em 93 e outro em 2006. O de 1993 (“Kamakiriad”), contou com a produção de Walter Becker mas não teve grande sucesso de vendas.
Em 1994 a retribuição por parte de Fagen ocorreu com o mesmo produzindo o primeiro trabalho solo de Walter Becker (“11 Tracks On Whack”) muito bem recebido pela crítica e com enormes vendas. São aparadas algumas arestas, acertados alguns pontos e anunciam um retorno para uma grande turnê com todas as datas sold outs onde passavam. Não vieram ao Brasil, uma pena. A empreitada rende um disco chamado “Alive in America”.
Entraram num novo hiato e foram retornar com o primeiro disco de inéditas desde 1980 em 2000 – chamado Two Againt`s Nature. Ganharam 4 Grammy Awards pelo trabalho, disco de platina nos EUA e de ouro no Canadá e ainda rendeu um DVD. Em 2003 lançaram mais um álbum, mas não tão bom quanto esse, e nova excursão ocorreu. Em 2006 é a vez de Donald Fagen lançar seu terceiro trabalho de estúdio e conseguir o mesmo sucesso que teve em 1982 sendo seu último lançamento - “morph The Cat”.
Próximo aos tempos atuais a noticia que tive deles é de que não pararam de excursionar em 2006 (ainda aproveitando para promover o ótimo álbum de Donald Fagen),e continuaram em 2007, 2008 e 2009. Soube que Walter Becker apareceu com mais um trabalho de estúdio em 2008, e se você quiser saber se ele é bom, lhe respondo dizendo que para variar aparece muito bem cotado como tudo que a banda produziu. Ficou curioso? Vá agora no allmusic e veja a cotação dos discos dos caras!
Um inusitado fato ocorreu por volta de 2001 – Jeff “Skunk” Baxter ex. guitarrista do Steely Dan e dos Dobbie Brothers se tornou consultor de estratégias militares do Pentágono Americano!!!
Nesse ano não sei o que esses caras andam aprontando, mas soube através de um amigo que um dos dois estava com um problema mais sério de saúde, e já bati na madeira inúmeras vezes por isso. Não fiquei sabendo de nada e torço para ser boato. Torço em igual proporção ainda para finalmente brindarem nós Brasileiros com shows por aqui!
Vou concluir esse breve texto que resolvi escrever sobre eles dizendo algumas curiosidades a mais. Há quem perceba uma particularidade do som que criaram (fácil de concordar), dizendo que seus trabalhos não pertencem a uma época específica . Assim, o disco de 2000 soa antigo, o primeiro de 1972 soa atual e é possível embaralhá-los sem problemas fora da cronologia. Outra interessante deles é que nos anos setenta a maioria das bandas soltavam um trabalho de seis em seis meses entre intervalos de turnês; no caso deles eles faziam isto de ano em ano regularmente apesar de certamente serem pressionados para gravarem mais material.
De fato, fiquei impressionado desde o primeiro contato que tive com os discos deles. O engraçado é que isso ocorreu com uma única música que escutei deles no rádio enquanto dirigia por volta de 1998. Passei 11 anos impressionado com a música sem saber qual era o nome da mesma e do artista. Desconfiei ser algo do Crosby Stills Nash & Young, mas errei feio. Em 2009 através do Cláudio Vigo (esse texto não existiria sem suas palavras) e com sua coluna no Whiplash “On the road” abri o youtube e descobri a charada de 11 anos atrás – tratava-se de Do It Again; fui atrás de todos os discos e virei um fã “dedicado” e a partir dai comecei a comprar disco por disco deles.
Se você gosta de música feita com classe - talvez a melhor definição do Steely Dan, eis a pedida certa! Vá correndo, compre, baixe, faça o que for, mas a dica de hoje é escutar o “Countdown To Ecstasy” e o “Pretzel Logic” inteirinho de preferência em um dia bem ENSOLARADO com uma caipirinha na mão! Texto: Luciano Saraiva (Whiplash)
Álbuns.
Can’t Buy a Thrill (1972)
01. Do It Again
02. Dirty Work
03. Kings
04. Midnight Cruiser
05. Only a Fool Would Say That
06. Reelin’ in the Years
07. Fire in the Hole
08. Brooklyn (Owes the Charmer Under Me)
02. Dirty Work
03. Kings
04. Midnight Cruiser
05. Only a Fool Would Say That
06. Reelin’ in the Years
07. Fire in the Hole
08. Brooklyn (Owes the Charmer Under Me)
09. Change of the Guard
10. Turn That Heartbeat Over Again
10. Turn That Heartbeat Over Again
Countdown to Ecstasy (1973)
01. Bodhisattva
02. Razor Boy
03. The Boston Rag
04. Your Gold Teeth
05. Show Biz Kids
06. My Old School
07. Pearl of the Quarter
08. King of the World
02. Razor Boy
03. The Boston Rag
04. Your Gold Teeth
05. Show Biz Kids
06. My Old School
07. Pearl of the Quarter
08. King of the World
01. Rikki, Don’t Lose That Number
02. Night By Night
03. Any Major Dude Will Tell You
04. Barrytown
05. East St. Louis Toodle-Oo
06. Parker’s Band
07. Through With Buzz
08. Pretzel Logic
09. With A Gun
10. Charlie Freak
11. Monkey In Your Soul
02. Night By Night
03. Any Major Dude Will Tell You
04. Barrytown
05. East St. Louis Toodle-Oo
06. Parker’s Band
07. Through With Buzz
08. Pretzel Logic
09. With A Gun
10. Charlie Freak
11. Monkey In Your Soul
01. Black Friday
02. Bad Sneakers
03. Rose Darling
04. Daddy Don’t Live In That New York City No More
05. Doctor Wu
06. Everyone’s Gone To The Movies
07. Your Gold Teeth II
08. Chain Lightning
09. Any World (That I’m Welcome To)
02. Bad Sneakers
03. Rose Darling
04. Daddy Don’t Live In That New York City No More
05. Doctor Wu
06. Everyone’s Gone To The Movies
07. Your Gold Teeth II
08. Chain Lightning
09. Any World (That I’m Welcome To)
01. Kid Charlemagne
02. Caves of Altamira
03. Don’t Take Me Alive
04. Sign in Stranger
05. Fez
60. Green Earrings
07. Haitian Divorce
08. Everything You Did
09. Royal Scam
02. Caves of Altamira
03. Don’t Take Me Alive
04. Sign in Stranger
05. Fez
60. Green Earrings
07. Haitian Divorce
08. Everything You Did
09. Royal Scam
01. Black Cow
02. Aja
03. Deacon Blues
04. Peg
05. Home At Last
06. I Got the News
07. Josie
02. Aja
03. Deacon Blues
04. Peg
05. Home At Last
06. I Got the News
07. Josie
01. Babylon Sisters
02. Hey Nineteen
03. Glamour Profession
04. Gaucho
05. Time Out Of Mind
06. My Rival
07. Third World Man
02. Hey Nineteen
03. Glamour Profession
04. Gaucho
05. Time Out Of Mind
06. My Rival
07. Third World Man
01. Babylon Sisters
02. Green Earrings
03. Bodhisattva
04. Reelin’ in the Years
05. Josie
06. Book of Liars
07. Peg
08. Third World Man
09. Kid Charlemagne
10. Sign in Stranger
11. Aja
02. Green Earrings
03. Bodhisattva
04. Reelin’ in the Years
05. Josie
06. Book of Liars
07. Peg
08. Third World Man
09. Kid Charlemagne
10. Sign in Stranger
11. Aja
01. Gaslighting Abbie
02. What a Shame About Me
03. Two Against Nature
04. Janie Runaway
05. Almost Gothic
06. Jack of Speed
07. Cousin Dupree
08. Negative Girl
09. West of Hollywood
02. What a Shame About Me
03. Two Against Nature
04. Janie Runaway
05. Almost Gothic
06. Jack of Speed
07. Cousin Dupree
08. Negative Girl
09. West of Hollywood
01. The Last Mall
02. Things I Miss The Most
03. Blues Beach
04. Godwhacker
05. Slang Of Ages
06. Green Book
07. Pixeleen
08. Lunch With Gina
09. Everything Must Go
02. Things I Miss The Most
03. Blues Beach
04. Godwhacker
05. Slang Of Ages
06. Green Book
07. Pixeleen
08. Lunch With Gina
09. Everything Must Go
01. Do It Again
02. Dirty Work
03. Reelin’ In The Years
04. Bodhisattva
05. My Old School
06. Rikki Don’t Lose That Number
07. Black Friday
08. Bad Sneakers
09. Kid Charlemagne
10. Deacon Blues
11. Peg
12. F.M.
13. Hey Nineteen
14. Babylon Sisters
15. Cousin Dupree
16. Things I Miss The Most
02. Dirty Work
03. Reelin’ In The Years
04. Bodhisattva
05. My Old School
06. Rikki Don’t Lose That Number
07. Black Friday
08. Bad Sneakers
09. Kid Charlemagne
10. Deacon Blues
11. Peg
12. F.M.
13. Hey Nineteen
14. Babylon Sisters
15. Cousin Dupree
16. Things I Miss The Most
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