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sábado, 27 de abril de 2013

Van Der Graaf Generator


Postagem original de Alex Sala do excelente Muro do Classic Rock:

Van der Graaf Generator é uma banda britânica seminal de rock progressivo formada em 1967. 

O nome da banda foi inspirado no equipamento elétrico Gerador de Van de Graaff, projetado para produzir energia estática. Supõe-se que o erro de ortografia no nome – tem um "r" a mais e um "f" a menos – tenha sido acidental.

História.

O grupo formou-se em 1967 enquanto seus integrantes estudavam na Universidade de Manchester. O trio era composto por Peter Hammill (vocais, guitarra), Nick Pearne (órgão) e Chris Judge (bateria e instrumentos de sopro). Eles conseguiram um contrato com uma gravadora, lançando apenas um compacto ("The People You Were Going To") antes de se separarem no final de 1969. Já então Pearn havia sido substituído por Hugh Banton.

No final de 69 um novo Van der Graaf Generator foi formado durante a gravação de um álbum que originalmente pretendia ser um lançamento solo de Hammill, The Aerosol Grey Machine.

Algumas mudanças de formação (e no estilo do som do grupo) estabilizariam o Van der Graaf, que viajou em turnê intensa no começo dos anos 70. Em 1972 dificuldades financeiras minaram a carreira do grupo e Hammil seguiu carreira solo, apesar de seus antigos companheiros continuarem contribuindo com ele.

O Van der Graaf Generator foi uma banda ímpar, pois trouxe avanços inigualáveis de sons e textos.

Embora o Van der Graaf tenha sido palco de atuação de ótimos músicos, em termos práticos, sua carreira foi centrada na genialidade do líder Peter Hammill. Além de excelente e sensível cantor, capaz de conduzir a voz por caminhos jamais vistos em qualquer corrente musical, Peter é também um exímio poeta e escritor.

Uma das críticas ao mundo moderno, é que o tipo de vida que nos imprime faz com que pouca disponibilidade tenhamos para nos preocuparmos com questões metafísicas. Assim, é muito comum nos depararmos com análises de grandes pensadores, mas voltadas, somente, para os dramas que a humanidade vive em seu curso quotidiano. Poucos são aqueles que conseguem, paralelamente, analisar os conflitos do homem consigo mesmo, suas angústias, suas dúvidas com respeito ao "De onde viemos, para onde vamos?". Aí é que se encontra o grande dote de Peter, pois sua obra retrata toda a essência dos tormentos vividos pelo homem contemporâneo. Para ele, é tão simples escrever algo como um drama entre um homem e uma mulher, quanto sobre um indivíduo em conflito com a sociedade, ou ainda sobre problemas transcendentais (vida após a morte, por exemplo).

Peter Joseph Andrew Hammill nasceu em Ealing, Londres, em 1948. Enquanto adolescente, estudou no Beaumont College, uma escola pública de Berkshire, dirigida por jesuítas. Foi nessa época - aproximadamente 1963 - que iniciou a escrever poemas e canções, influenciado por grupos ingleses de rock e cantores de blues (a única canção desse período, que se tenha notícia de que foi gravada mais tarde, é "Running Back", do LP Aerosol Grey Machine).

Grande admirador de Sonny Boy Williamson (II), Hammill gostava de tirar algumas harmonias numa gaita. Posteriormente, com uns quinze anos, comprou um violão, e aprendeu a tocá-lo sozinho, enturmado com dois outros amigos que se encontravam num estágio similar.

Nos dois últimos anos de colégio, formou sua primeira banda, The Hex, fortemente influenciada pelos Beatles e pelo Who. Em 1967, Hammill foi trabalhar como programador de computador, na IBM de Londres, durante seis meses. Na mesma época, intensificou seu trabalho de escrita, produzindo grande parte das letras que viriam no primeiro LP do Van der Graaf, bem como no seu primeiro LP solo.

Findo o estágio na IBM, e desinteressado dele, foi estudar na Universidade de Manchester. De acordo com uma singela biografia que me foi fornecida pelo próprio Hammil, por carta, foi aceito na universidade num curso extra-curricular, para estudos liberais em ciência (não sei o que quis dizer com isso). Em Manchester, conheceu o baterista Chris Judge Smith, e o organista Nick Pearne, com quem fundou o Van der Graaf Generator. O nome foi escolhido por Smith, que tinha o hábito de ficar bolando esquisitices. (A quem interessar possa, Robert Van der Graaf foi o cientista que inventou um acelerador eletrostático de partículas, muito utilizado em pesquisas de Física Nuclear. Ele morreu em 1967, quando a banda nascia. Não se sabe os motivos que levaram aqueles músicos a homenageá-lo).

O Van der Graaf em forma de trio só realizou um compacto, lançado pela Polydor britânica, e contendo as músicas "Firebrand' e "People You Are Going To" (essa última foi regravada no LP "Nadir's Big Chance", de Hammill). Como acontece com muitos artistas, o compacto não trouxe o resultado esperado em termos de vendas.

A próxima nota histórica que possuo, registra que Smith e Hammill deixaram Manchester, e formaram, em abril de 1968, um conjunto chamado Heebalob, que esteve perto de lançar um disco. Além dos dois, estavam Hugh Banton (órgão), e David jackson (sax e flauta). Essa formação se manteve até junho de 1968. Logo depois, Smith desistiu, e foi substituído por Guy Evans. Com o nome VDGG retomado, e com um baixista, Keith Ellis, prosseguiram por quase um ano adiante, realizando apresentações locais.

Em 1969, tudo levava a crer que a banda não sobreviveria. Peter pensava até em gravar um LP solo. Entretanto, depois de uma conversa com os colegas, retomou a equipe. Foi então que gravaram o LP "Aerosol Grey Machine", com Hammill (vocal e guitarra), Hugh Banton (órgão), Keith Ellis (baixo), Guy Evans (bateria) e um tal Jeff (flauta), (penso que seja o pseudônimo de alguém, talvez até de David Jackson).

Nesse trabalho inicial, Hammill dá uma amostra de suas predileções: misticismo e culto à morte. Vejamos um trecho da faixa-título:
- "Apenas um suspiro e é o instante mortal, é a máquina de aerossol cinza. Você está caminhando na rua, num dia, então chega o homem todo vestido de cinza; ele pulveriza um pouco de aerossol em seu rosto, e você sente que sua mente perde a sintonia."

Vejamos "Necromancer" ("Necromante"):
- "Sim, eu vivo nas florestas negras, onde você nem ousa dizer meu nome. Se há maldade em seu coração, e você chegar perto de mim, perderá sua sanidade. Minha forma é mística, mas meu coração é puro, é melhor você acreditar em mim: eu sou o necromante."

Em fins de 1969, já existe uma nova etiqueta discográfica, a Charisma, francamente propensa a dar muito apoio ao crescente rock progressista. Um dos seus primeiros contratados foi o VDGG, que já havia admitido novos elementos. No lugar de Ellis entrou Nic Potter. Nos sopros estava David Jackson. Em dezembro do mesmo ano, o quinteto gravou o primeiro item de um fantástico trinômio: "The Least We Can Do".

Em função de uma sensível evolução em matéria de sons e textos, a imprensa européia inicia a rotulá-los como "Dark Sound Band" ("Banda Do Som Tenebroso"). Aproveitando a energia, gravam em seguida "H To He", que é lançado no meio de 1970. A grande faixa desse LP é "Pioneers Over c" (c é a denominação científica da velocidade da luz). Embora tenham exagerado na conceituação ("Pioneiros Acima Da Velocidade Da Luz"), pois sabemos que não é possível superar c, acertaram na idéia. Conseguiram deixar uma boa visão do que seja o fenômeno da dilatação do tempo, previsto pelas teorias de

Albert Einstein. O trecho mais significativo da letra é:
- "Nós somos aqueles para quem eles vão construir uma estátua, há dez séculos atrás… …bem, onde está o tempo, agora? E que diabo eu sou, flutuando aqui, neste despropositado caminho?"

Durante as gravações de "H To He", Nic Potter deixou o conjunto. Suas funções são preenchidas por Hugh Banton, que faz uma boa parte dos baixos em pedais. Um convidado ilustre dá sua contribuição na faixa "The Emperor In His War Room": é Robert Fripp, do King Crimson. Em "Pawn Hearts", o terceiro item do trinômio (e a "nona sinfonia" do rock progressivo), Fripp é o guitarrista oficial, com créditos na capa do LP, sem destaques especiais.

É nessa obra que Hammill deixa bem latente sua crença espiritualista, em particular na faixa "Man Erg":
- "O assassino vive dentro de mim: sim, posso sentí-lo mover-se. Às vezes, ele dorme levemente na quietude de seu quarto, mas então seus olhos levantar-se-ão e penetrarão através dos meus; ele dirá minhas palavras e fragmentará minha mente por dentro… …Como posso libertar-me, como posso obter ajuda? Sou realmente eu mesmo? Sou alguém mais?"
(Aquem interessar possa, "erg" é uma palavra de origem grega, e que significa energia. Assim, "Man Erg" seria a energia do homem. Que energia seria essa? O espírito, por acaso? Tudo leva a crer que sim. A capa do LP também é muito sugestiva: várias pessoas vagando pelo espaço. Seriam os espíritos?)
O mesmo clima macabro está presente na suíte que ocupa todo o segundo lado, "A Plague Of Lighthouse Keepers". É a estória de um indivíduo que vive confinado num farol marítimo, como quem estivesse fadado a conviver com uma maldição. Em certa altura, há uma simulação de um choque entre navios.

Foi a coisa mais impressionante que já vi em matéria de som gravado. Se o ouvinte fechar os olhos, e der um pouco de asas á imaginação, será capaz de acreditar que está, realmente, diante de uma catástrofe. Foi uma das obras máximas da música do século XX; algo comparável ao Beethoven, que simulou uma tempestade em sua sinfonia Pastoral.

Em abril de 1971, pouco antes de "Pawn Hearts", Hammill colocou em prática o seu velho intento de 1968; um álbum solo. Segundo uma nota do autor, na contracapa, foi realizado com o propósito de mostrar velhas canções que havia composto, nos anos iniciais do Van der Graaf (aquelas a que me referi, um pouco atrás).

Em 1972, a Charisma publicou o LP sucessor de "Pawn Hearts" era uma coletânea que resumia os acontecimentos dos cinco primeiros anos de atividade. Depois disso, a banda se retirou do cenário artístico, por alguns anos. Por incrível que pareça, o motivo era a falta de receptividade por parte do público. Fora alguns países da Europa (Itália, França e Bélgica, principalmente), o resto do mundo ignorava a existência deles (inclusive a mãe Inglaterra). Aliás, os italianos muito se vangloriam de terem sido sempre os primeiros a acolher as melhores bandas de rock progressivo. O mesmo aconteceu com o Genesis e o Gentle Giant.

Até 1975, Hammill gravou mais alguns discos solos, bem como realizou pequenas excursões (quase sempre acompanhado pelos colegas de banda).

Enquanto isso, os demais músicos realizaram o LP The Long Hello, que contou com a participação de italianos. Em maio de 1975, os membros do Van der Graaf, reunidos, concedem uma entrevista à revista Ciao 2001, onde anunciam seus planos: Hugh Banton informa que está construindo um super-órgão, baseado naqueles usados em grandes catedrais, com seis geradores de som, ao invés de apenas um. Do lado artístico, além da reconstituição da banda, planejam uma excursão pela América (que só aconteceria uns dois anos mais tarde).

O LP do retorno, "Godbluff", é realizado em junho de 1975. Ele mostra que o Van der Graaf voltou com tudo, para valer. Para não perder o hábito, Hammill continua místico. Esse é um trecho de "Sleepwalkers" ("Sonâmbulos"):
- "As colunas da noite avançam; infecciosamente, sua dança de rugas converte-se em dobras; em tempo o mundo inteiro, imaturo, irá dar os mesmos passos para o mesmo amargo fim. Sonolenta inspeção; agora a morte dancante abandona o abrigo de suas camas, acordada para o descanso em cuja profundidade eles temem, como se o chão que eles pisam cederia passagem sob o peso solene de sua concepção".

Em menos de dois anos, outro par de discos é lançado, testemunhando que havia, realmente, muito fervor acumulado. Em "Still Life", Hammill deixa seu testemunho definitivo de que crê na vida eterna. Está em "Childlike Faith In Childhood's End" ("Fé Infantil No Final Da Infância"):
- "A existência é um estágio pelo qual passamos, uma trilha sonâmbula para a mente e o coração. É desesperador, eu sei, mas devo seguir adiante, e tentar iniciar a ver algo mais do que, dia-a-dia, a sobrevivência perseguida pela morte final. Se eu acreditasse que esse é o resumo da vida para a qual viemos, não desperdiçaria meu fôlego.

De alguma forma, deve haver mais."

Em 1977, a banda finalmente excursiona pela América. Além disso, seus discos passam a ser regularmente editados por lá, coisa que era um pouco acidentada nos primeiros anos. Entretanto, isso parece que não serve como amálgama para estruturar uma sólida continuidade. Pouco tempo depois, Banton e Jackson deixam o conjunto (eu havia-me esquecido de citar que o retorno se deu com Hammil, Banton, jackson e Evans).

Esses excelentes músicos haviam auxiliado a elaborar uma espécie de marca registrada do "Dark Sound". Quando partiram, não restava alternativa, a não ser modificar completamente o contexto. Passa, então, a fazer parte da formação o violinista Graham Smith (ex-String Driven Thing). Além dele, Nic Potter reassume o papel de baixista. Com eles, a banda registra "The Quiet Zone, The Pleasure Dome", e depois se despede, em 16 de janeiro de 1978, com um show no Marquee Club de Londres. Um cellista deu uma forca ao time, nesses últimos dias; foi Charles Dickie. David Jackson também foi ao Marquee, contribuir ao adeus. (No álbum duplo que documenta o episódio, dá para notar, claramente, quando Hammil lhe lança o convite para subir ao palco).

Ao longo desses últimos anos, todos eles têm produzido discos solos. E eu faço questão de mencionar um fato, difícil de ser presenciado em conjuntos de rock: os membros do Van der Graaf sempre pareceram uma irmandade, testemunhada pelo auxílio mútuo que prestam entre si. Nos trabalhos individuais, há sempre a presença de colegas. (Montanari)

No final dos anos 1970 o Van der Graaf passou por várias saídas e entradas de integrantes novos e antigos, o que ocasionalmente desestabilizou a carreira do grupo. A formação clássica de Hugh Banton, David Jackson, Guy Evans e Peter Hammill retornou em 2003, tocando uma única vez em Londres.

Esta reunião levou os músicos a considerarem o retorno de vez aos palcos. Um novo disco com material inédito, foi lançado em 2005. Texto: Wikipédia.

Integrantes.

Guy Evans (Bateria, Percussão)
Peter Hammill (Vocais, Guitarra, Teclado)
David Jackson (Saxofone, Flauta)
Hugh Banton (Baixo)


Álbuns.
The Aerosol Grey Machine (1969)
01. Afterwards
02. Orthenthian St. (Part I) 
03. Running Back
04. Into a Game
05. Aerosol Grey Machine
06. Black Smoke Yen
07. Aquarian
08. Necromancer
09. Octopus 

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The Least We Can Do Is Wave To Each Other (1970)
01. Darkness (11/11)
02. Refugees
03. White Hammer
04. Whatever Would Robert Have Said?
05. Out Of My Book
06. After The Flood
 

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H to He, Who Am the Only One (1970)
01. Killer
02. House With No Door
03. The Emperor In His War-Room
A) The Emperor
B) The Room

04. Lost
A) The Dance In Sand And Sea
B) The Dance In The Frost

05. Pioneers Over C.
06. Squid 1 & 2, Octopus (Bonus-Track) 


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Pawn Hearts (1971)
01. Lemmings
02. Man-Erg
03. A Plague of Lighthouse Keepers
A) Eyewitness
B) Pictures Lighthouse
C) Eyewitness
D) S.H.M.
E) Presence of the Night
F) Kosmos Tours
G) (Custard’s) Last Stand
H) The Clot Thickens
I) Land’s End
J) We Go Now
 


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Godbluff (1975)
01. The Undercover Man
02. Scorched Earth
03. Arrow
04. The Sleepwalkers
 


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Still Life (1976)
01. Pilgrims
02. Still Life
03. La Rossa
04. My Room (Waiting for Wonderland) 
05. Childlike Faith in Childhood’s End 

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World Record (1976)
01. When She Comes
02. A Place to Survive
03. Masks
04. Meurglys III, The Songwriter’s Guild
05. Wondering
06. When She Comes
07. Masks
 


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The Quiet Zone / The Pleasure Dome (1977)
01. Lizard Play
02. The Habit of the Broken Heart
03. The Siren Song
04. Last Frame
05. The Wave
06. Cat’s Eye Yellow Fever (Running)
07. The Sphinx in the Face
08. Chemical World
09. The Sphinx Returns
10. Door (Bonus) 
11. The Wave (Bonus Demo) 
12. Ship of Fools (Bonus Single B-side) 

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Vital (Live 1978)
01. Ship Of Fools
02. Still Life
03. Last Frame
04. Mirror Images
05. Medley:
Plague Of Lighthouse Keepers
The Sleepwalkers

06. Pioneers Over ‘C’
07. Door
08. Urban Killer Urban
 


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Maida Vale (BBC Sessions, 1994)
01. Darkness
02. Man-Erg
03. Scorched Earth
04. Sleepwalkers
05. Still Life
06. La Rossa
07. When She Comes
08. Masks
 


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Present (2005)
CD 1.

01. Every Bloody Emperor
02. Boleas Panic
03. Nutter Alert
04. Abandon Ship!
05. In Babelsberg
06. On the Beach


CD 2.

01. Vulcan Meld
02. Double Bass
03. Slo Moves
04. Architectural Hair
05. Spanner
06. Crux
07. Manuelle
008. ‘Eavy Mate
9. Homage to Teo
10. The Price of Admission 


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Real Time (2007)
CD 1.

01. The Undercover Man
02. Scorched Earth
03. Refugees
04. Every Bloody Emperor
05. Lemmings
06. (In The) Black Room
07. Nutter Alert
08. Darkness


CD 2.

01. Masks
02. Childlike Faith In Childhood’s End
03. The Sleepwalkers
04. Man-Erg
05. Killer
06. Wondering 


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Trisector (2008)
01. The Hurlyburly
02. Interference Patterns
03. The Final Reel
04. Lifetime
05. Drop Dead
06. Only in a Whisper
07. All That Before
08. Over the Hill
09. (We Are) Not Here 


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A Grounding in Numbers (2011)
01. Your Time Starts Now
02. Mathematics
03. Highly Strung
04. Red Baron
05. Bunsho
06. Snake Oil
07. Splink
08. Embarrassing Kid
09. Medusa
10. Mr. Sands
11. Smoke
12. 5533
13. All Over The Place 


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ALT (2012)
01. Earlybird
02. Extractus
03. Sackbutt
04. Colossus
05. Batty Loop
06. Splendid
07. Repeat After Me
08. Elsewhere
09. Here’s One I Made Earlier
10. Midnite Or So
11. D’Accord
12. Mackerel Ate Them
13. Tuesday, The Riff
14. Dronus
 


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Senha dos Arquivos: muro

Password Files: muro

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