Carioca, nascido há 60 anos no Méier e a quem mestre Joe Pass classifica como o maior guitarrista que já ouviu.
E o cara começou muito cedo. Se não, vejamos: aos 14 já tocava com Moacyr Silva; apenas quatro anos depois fundou o Fórmula 7 com outros moleques, entre eles Marcio Montarroyos, Luizão Maia e Claudio Caribé; logo depois, o combo de Victor Assis Brasil; com Antonio Adolfo e Beth Carvalho (ééé, ela mesma!), o Conjunto 3-D; tornou-se diretor musical e violonista/guitarrista de todos os trabalhos de Clara Nunes e, muitos etcéteras depois, o guitarrista/violonista da maior de todas Elis Regina e, um pouco mais à frente, Milton Nascimento. Com este último conquistou totalmente minha admiração com aquele solo magistral em 'Caçador de Mim'. E nem vamos entrar em detalhes sobre sua carreira internacional ao lado de Larry Coryell, o admirador confesso Joe Pass, Sarah Vaughn, Clare Fischer, entre tantos, e as inúmeras participações em Montreux.
Sua carreira solo inicia com o estupendo 'Emotiva' recheado de composições próprias como o já clássico choro 'Marceneiro Paulo' -todo estudioso de violão já se deparou com essa obra algum dia- e releituras como 'Pro Zeca' (ralei muito mas nunca consegui tocá-la na íntegra), 'Waltzin'' (liiinda composição de Victor A. Brasil), o standard 'Body & Soul' e a belíssima 'Tarde' (M. Nascimento). No ano seguinte, atendendo um pedido de seu velho amigo César Camargo Mariano, lançam em parceria o acústico 'Samambaia' que, a exemplo de seu predecessor, tornou-se um clássico instantâneo da MIB. Sempre dividindo-se entre a guitarra e o violão, lança 'Chama' em 84, 'Romã' em 91 e começa a dedicar-se à implantação da Line Records, gravadora mais dedicada à música evangélica, e sua carreira começa a sofrer percalços até que aceita um convite de Clare Fischer para um disco em duo, 'Symbiosis', voltando a lecionar e gravar com mais regularidade. Seus últimos lançamentos foram 'Violão Urbano'(2002) e 'Compassos'(2004). Ainda em 2004, chegou a ser preso devido a problemas com pagamento de pensão alimentícia - lamentavelmente, a única coisa que dá cadeia neste país- e a classe artística organizou diversos concertos beneficentes.
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