Carioca, desde pequeno ouvia música soul e funk, inclinando-se mais tarde para o rock, de que tornou-se profundo conhecedor na época. Participou como vocalista da banda Kabbalah, de hard rock, com influências de Deep Purple, Black Sabbath e outras bandas dos anos 70. Ainda na adolescência abandona os estudos para dedicar-se à música, agora fascinado pela música negra. Foi DJ e escreveu um fanzine sobre o assunto, até conhecer, em meados dos anos 80, o guitarrista Comprido, com quem mais tarde formou o Conexão Japeri, e gravou o primeiro disco, em 1988. Daí vieram os primeiros sucessos nacionais, "Vamos Dançar" e "Manuel". Logo em seguida desligou-se do grupo e partiu para a carreira solo, em que pôde desenvolver seu próprio estilo, ligado à musicalidade dos sons produzidos pela voz, mesmo sem letras, fugindo do que considera "a ditadura da letra" na música. Em 1990 morou em Nova York por um ano. Lá gravou um disco com músicos americanos que ainda não foi lançado. Descobriu os universos da MPB e da música erudita, o que acabou se refletindo na sua concepção musical. De volta ao Brasil, compôs algumas músicas em parceria com Aldir Blanc (que tirou seu "trauma" em relação a letras de música), compôs a trilha do filme "Pequeno Dicionário Amoroso" e excursionou pelo exterior. Em 1997 lançou o CD "Manual Prático para Festas, Bailes e Afins, Vol. 1", com repertório dançante, mas não se desvinculou de seu compromisso com o jazz e a música tradicional brasileira, apresentando em 2000 o show "Músicas Antigas e Algumas Inéditas". No começo do ano 2002, lança "Dwitza", o trabalho mais jazzy e introspectivo de sua carreira, diversificando como poucos sua produção musical. Em 2005, Ed Motta lança “Aystelum” no qual o artista mantém sua marca registrada: experimentação de estilos e a sofisticação harmônica. "Samba Azul", "Awunism" e "Canção em Torno Dele" são alguns dos destaques. Agora, Ed Motta se afirma de vez como um dos músicos mais criativos em atividade no Brasil.
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